sábado, 31 de maio de 2014

Para Eduardo Campos, revisão da Anistia permitiria criminalizar quem lutou contra DitaduraPara Eduardo Campos, revisão da Anistia permitiria criminalizar quem lutou contra Ditadura


Em um artigo escrito no jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (30), o ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB), rebateu críticas recebidas no dia anterior e explicou porque é contrário à Lei da Anistia. Para Campos, uma revisão da Lei permitiria considerar como criminosas as pessoas que lutaram contra a Ditadura.
“Os que falam em rever a Lei da Anistia permitem, involuntariamente, reabrir possibilidades jurídicas para criminalizar, uma segunda vez e agora na democracia, quem lutou contra a ditadura por meio da luta armada. A eventual revisão da lei colocaria em risco todos que dela se beneficiaram”, escreveu.
Para o presidenciável, a Anistia não foi uma concessão do regime militar, mas sim uma conquista dos brasileiros. Campos também afirmou que os crimes de tortura estão sujeitos à tratados e convenções internacionais.
O pernambucano defendeu ainda que cabe às Comissões da Verdade federal e estadual esclarecer os fatos do período e que a apreciação deles deve ser feita pelo Poder Judiciário.
O texto do socialista foi uma resposta ao artigo divulgado por Janio de Freitas no dia anterior; que alegava que a defesa do ex-governador de que a Anistia vale para os dois lados é favorável aos militares.
“Meu avô Miguel Arraes nunca adotou a revanche como instrumento de luta política”, lembrou Campos, que disse ter o avô, falecido em 2005, como referência da atuação política.
“Minhas opiniões políticas não nascem de pesquisas qualitativas ou quantitativas, ou do temor de ser brutal e injustamente atacado nas páginas dos jornais. Nascem do que acredito ser melhor para o meu país”, escreveu ainda.

De Blog Do Jamildo

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