Em um artigo escrito no jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (30), o ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB), rebateu críticas recebidas no dia anterior e explicou porque é contrário à Lei da Anistia. Para Campos, uma revisão da Lei permitiria considerar como criminosas as pessoas que lutaram contra a Ditadura.
“Os que falam em rever a Lei da Anistia permitem, involuntariamente, reabrir possibilidades jurídicas para criminalizar, uma segunda vez e agora na democracia, quem lutou contra a ditadura por meio da luta armada. A eventual revisão da lei colocaria em risco todos que dela se beneficiaram”, escreveu.
Para o presidenciável, a Anistia não foi uma concessão do regime militar, mas sim uma conquista dos brasileiros. Campos também afirmou que os crimes de tortura estão sujeitos à tratados e convenções internacionais.
O pernambucano defendeu ainda que cabe às Comissões da Verdade federal e estadual esclarecer os fatos do período e que a apreciação deles deve ser feita pelo Poder Judiciário.
O texto do socialista foi uma resposta ao artigo divulgado por Janio de Freitas no dia anterior; que alegava que a defesa do ex-governador de que a Anistia vale para os dois lados é favorável aos militares.
“Meu avô Miguel Arraes nunca adotou a revanche como instrumento de luta política”, lembrou Campos, que disse ter o avô, falecido em 2005, como referência da atuação política.
“Minhas opiniões políticas não nascem de pesquisas qualitativas ou quantitativas, ou do temor de ser brutal e injustamente atacado nas páginas dos jornais. Nascem do que acredito ser melhor para o meu país”, escreveu ainda.
De Blog Do Jamildo
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