O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), virtual candidato à Presidência da República nas eleições de 2014, realiza na manhã desta quinta-feira (5) uma reunião estratégica com todo o secretariado na sede provisória do governo, no Centro de Convenções, em Olinda. Oficialmente a pauta é para definir quais os pontos mais importantes para o balanço da gestão neste ano, porém, a relação dos socialistas com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e a possível reforma no secretariado devem entrar na discussão.
Entre as possíveis mudanças está a entrada do secretário de Saúde da Prefeitura de Camaragibe, Caio Mello (PSDB), na gestão socialista. O tucano teria sido indicado pelo deputado federal e presidente estadual do partido, Sérgio Guerra, para assumir o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE). O órgão era comandado por Fátima Bezerra, indicada pelo PTB do senador Armando Monteiro Neto, que saiu do governo no início de outubro. O acolhimento ao PSDB é negado oficialmente por tucanos e socialistas, mas já é tido como certo nos bastidores.
Em relação ao balanço das ações do governo, os socialistas devem focar na tese de que os recursos são do “povo”. A ideia é desvincular politicamente as ações do governo estadual com o governo federal. Em setembro, Eduardo Campos entregou todos os cargos que o PSB ocupava na gestão da presidente Dilma. O foco é valorizar a iniciativa de realizar as obras e não as verbas de origem. Nesta quarta-feira (4), o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, antecipou o tom dos discursos.
Num encontro com a imprensa, ao falar de recursos, Tavares disse que todos os investimentos são fruto da arrecadação de impostos, de qualquer cidadão, e que não importava se era de um determinado governo ou de outro. O dirigente, que é um dos homens de confiança do governador presidenciável, também teceu elogios ao modo socialista de governar, ao falar que, com o início da gestão do prefeito do Recife, Geraldo Julio, também do PSB, houve uma melhoria no diálogo com a esfera municipal, o que não teria acontecido antes quando a máquina municipal estava nas mãos do PT do ex-prefeito João da Costa.
Já a definição do candidato do PSB ao governo do estado, Eduardo Campos deve manter o sigilo. Este é um dos temas que não devem ser tratados na reunião. O banco de apostas continua entre o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho e o vice-governador João Lyra Neto, este último recém-filiado ao partido. Ainda estão na fila os secretários de Saúde (Antônio Figueira), Casa Civil (Tadeu Alencar), Administração (Décio Padilha) e Fazenda (Paulo Câmara). A definição deve ser revelada apenas em 2014.
Do diario de Pe
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Reprodução: Blog Gilson Andrade
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